sexta-feira, 30 de maio de 2008

Limões e inveja

Quantas vezes já recebemos um elogio sobre nossa roupa ou nosso cabelo e torcemos o nariz logo em seguida, nos perguntando se teria sido um comentário carregado de inveja, passando a mão no modelito ou nas madeixas para nos certificar que eles não pegaram fogo?
Acontece que muitas vezes somos egocêntricas a ponto de acreditar que tudo que faremos vai causar inveja nos outros e pegamos a mania feia de colocar a culpa no olho gordo dos outros quando algum plano nosso não sai como deveria ao invés de assumir que falhamos.
As vezes o elogio não foi nada mais que um elogio e nós insistimos em dizer que o comentário foi mal intencionado.
Claro que inveja não é um sentimento bom, mas ela não tem efeito devastador sobre outra pessoa. Não dá pra destruir a vida de alguém com apenas um pensamento.
O único poder que a inveja pode ter é o da auto destruição, isso nos casos mais graves, quando o invejoso deixa de viver sua vida desejando algo que não lhe pertence, esquecendo-se de procurar aquilo que de fato é seu.
Na maioria dos casos, o máximo que a inveja consegue causar é um gosto de limão azedo na boca de quem a sente, e mais tarde, azeda o humor de qualquer invejoso que perceba que sua inveja não tem poder algum.

Post para o Tudo de Blog da Capricho: Inveja boa existe?

terça-feira, 27 de maio de 2008

Nostálgica

Falar de infância é fácil,
Difícil é ser breve. Difícil é não se perder em várias lembranças que surgem na mente, nas tardes chuvosas com brincadeiras inventadas, comendo pão de queijo e assistindo a algum filminho da Sessão da Tarde.
Pensando assim, diversos dos programinhas que eu costumava assistir foram entrando em extinção, sumindo, ou mesmo sendo prolongados e perdendo a graça.
Sinto falta das minhas divagações, da minha mente extremamente fértil... E pensando em algumas outras coisas que me fazem falta, segue uma lista de coisas que eu sinto muita falta de ver na televisão, que hoje em dia anda bem mais sem graça que na minha época:


Cavalo de Fogo: As aventuras da garota Sara, que descobre que é criada por pais adotivos, e que em outra dimensão era princesa.
O Cavalo de Fogo aparece para Sara devido a um amuleto que ela carrega no pescoço desde que nasceu. O cavalo sempre ia buscar Sara em sua terra, principalmente quando Dar-Shan estava ameaçado pela bruxa Diabolyn e seus capangas atrapalhados.


O Mundo de Beakman: Interessantíssimo. O melhor programa informativo/científico infantil que eu já conheci, e talvez o único. Sempre me pego lembrando de alguma lição que o Beakman me ensinou e nunca me esqueci de quando ele entrou em um nariz gigante pra fazer o trajeto de uma meleca e explicar para que ela servia. Pra segurar as impurezas que nosso nariz suga ao inspirar, claro. Pensa que eu esqueci?!


Punky, a levada da breca: Esse eu acho que ninguém lembra, mas eu amava.
Punky, abandonada pelos pais em um supermercado com seu cachorro Pinky, logo é encontrada pelo fotógrafo Artur Bicudo e é adotada por ele.
A série se baseia nas trapalhadas e encrencas que Punky se mete com sua turma, retratando alguns problemas reais, como na vez em que Punky tenta entrar para o grupo das meninas descoladas e é obrigada a beber um suco bizarro e logo depois quase é forçada a tomar remédios, que seriam drogas. Seriado antigo, mas eu não me conformo que tenha sido extinto. "Traaaaaaalhaaa".




Disney Club:
Que mais tarde tornou-se "Disney Cruj". Contava a história de 4 pré-adolescentes que mantinham uma tv pirata no esconderijo na casa do Juca. O seriado mostrava os problemas que Caju, Chiclé, Malu (mais tarde pipoca) e Macaco passavam ao mesmo tempo que transmitia desenhos como Timão e Pumba. Eu esperava escurecer para voltar pra casa e tomar banho, pra logo em seguida me jogar no sofá e imaginar que o Caju era meu namorado (segreedo :x).
Frango!!! Por que essa época foi passar? Cada vez que penso nas minhas peraltices infantis, mais vejo que por menos que eu queira, estou sendo corrompida pela vida de adulto chato, perdendo a inocência e a espontaneidade de criança.

Cruj, Cruj, Cruj, Tchau!

Post para o Site da Capricho, sessão Tudo de Blog

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Asas abertas

Quero a liberdade.
Quero sentir o vento bagunçar os meus cabelos, quero vê-los apontando para todas as direções e não me sentir nem um pouco preocupada com o fato de eles poderem ficar bagunçados.
Quero ser livre para cantar alto, para brincar como criança, rolar no chão e gargalhar bem alto. Poder pisar descalça na grama úmida, rir debaixo da chuva de verão.
Quero poder dar longos abraços, fazer festa. Quero meu bom humor presente em todas as manhãs cinzentas. Desejo luz, desejo poder saber todas as coisas inúteis, desejo mais.
Quero sentir que a liberdade está em minhas mãos e quero poder mostrar que ela está livre, pois não a estou segurando, estou com as mãos abertas.
Quero poder sentir que ando com as asas abertas e que posso voar sem sair do chão, apenas fechando os olhos e sentindo a brisa fresca bater no meu rosto.

Amo a liberdade e a deixo livre, deixo livre tudo que tenho nas mãos. O que se adapta a mim, o que gosta dos meus meios e princípios, é livre para voltar a hora que quiser, quando lhe der vontade.
Liberdade é se sentir bem enquanto corre, é fazer algo espontaneamente, é sentir com o coração e não ter medo.
Ser livre consiste em diversas coisas, mas principalmente não se ter consciência dessa liberdade, pelo menos no momento em que ela acontece.

sábado, 17 de maio de 2008

oportunismo vs. capacidade


As cotas para negros foram criadas com o intuito de incluir mais negros nas universidades, já que a maioria que têm acesso ao estudo são os brancos.
O que muito me surpreende é que muitos brasileiros insistem em dizer que fazemos parte de um país quase totalmente livre de preconceitos. E as cotas são o que, senão um tipo de preconceito que subestima a capacidade e a inteligência dos negros, mesmo que de uma maneira indireta?
Em questão física ou na maneira de pensar, há muitas divergências. Mas acredito que todos somos iguais, feitos da mesma matéria e por isso, todos têm potencial para atingir os objetivos sem esse tipo de ajuda oportunista e racista, sejam brancos ou negros, ou pardos, orientais, alemães misturados com negros, já que o Brasil é um protótipo de misturas bem sucedidas.
Se a intenção é dar oportunidades a todos, então porque não apóiam aqueles que não têm condições de pagar um curso superior e que por esse motivo acabam impedidos de realizar uma profissão que os agrade?
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Post para o Tudo de Blog da Capricho: "você acha certo as universidades terem cotas para negros?"

terça-feira, 13 de maio de 2008

Casório?!

Quando ele chegava, todos os meus problemas mais difíceis se resolviam, meus olhos brilhavam, eu não tinha mais motivos para ter medo se ele pegasse a minha mão e me levasse para passear pelos campos floridos, me dando a flor mais linda do jardim no fim do passeio.
Naquela época, ia ser fácil para o meu futuro marido me fazer esquecer os meus problemas de menina do mesmo jeito que para mim era fácil ser feliz com o bofe.
Eu estava no auge da minha inocência, e não fazia idéia do significado do casamento.
Um bom tempo passou, eu fui crescendo, aprendi que amores de filme são apenas amores de filme, que são criados apenas para ajudar a iludir a cabecinha de menininhas sonhadoras (como eu, que ainda termino os filmes de romance com um suspiro...).
Hoje eu não sei se caso ou se compro uma bicicleta.
Por que? Por que casamento não é
viver ao lado de uma única pessoa, a pessoa que você ama e a pessoa que você escolhe para ser sua. Se fosse somente isso, o mundo seria um lugar bom de se viver.
Casamento é a soma, quando um vira dois. A confirmação extrema de que
eu virou nós e isso consiste em diversas coisas, como por exemplo a responsabilidade, a paciência e a fidelidade.
Acabou a farra. As festas, a curtição e a vida boêmia em geral ficam para trás. Ou pelo menos tem que ser feitas à dois. O tempo não é amigável e a medida que ele passa, vão surgindo as desavenças, os desentendimento e muitas vezes a indiferença.

Contradizendo todos os pontos negativos citados, e mais, os desafiando: eu gostaria de me casar.
Queria me casar à beira mar, na hora do pôr do sol, com uma saia rodada, branca e dourada, com flores no cabelo. Queria me casar à dois, de noite e que somente as estrelas presenciassem a nossa união. Ou que seja mesmo na igreja, de verdade, isso não me importa muito.
Eu iria aprender a dividir, a pensar ao quadrado, aprenderia a cozinhar, cantaria as minhas músicas favoritas bem alto quando estivesse feliz, iria viajar e nos dias frios faria pipoca e brigadeiro. Eu até poderia largar algumas manias idiotas e aprenderia muitas outras. Iria brigar com o maridão, só para a gente se reconciliar depois, o irritaria e o mataria de cócegas. Aprenderia a amar e respeitar e poderia usar todo o meu estoque de carinho.
Em caso de doença, cuidar com uma sopinha, atenção e chocolates. Os problemas que se cuidem, as contas vão ser pagas. Os momentos de felicidade poderiam superar os de tristeza, e assim por diante.
Gostaria de ter alguém que aguentasse meus chiliques e as minhas neuroses, que me desse a mão e me reconfortasse quando eu tivesse muito medo, que achasse lindo o meu modo de fazer bicos, morder os lábios e arregalar os olhos e que me amasse todas as manhãs, mesmo com os cabelos bagunçados, a cara inchada e aquela camisola comprida.

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Post para o Site da Capricho :)




sexta-feira, 9 de maio de 2008

desencanto

Eu não costumo rezar, mas esta noite estou de joelhos, tentando fazer um desejo a uma estrela, mas eu não vejo nenhuma delas brilhando.
Eu estou precisando ouvir um som que me faça reconhecer a minha dor, estou tentando ouvir.
Estou ouvindo aquela canção de novo, deixando a melodia passar por mim, tentando entender o que ela diz, tentando sentir se as notas me ferem ou me curam. Estou procurando o brilho nos olhos de alguém.
E eu nunca mais ouvi ninguém cantar para mim.
Tentando me fazer dormir, me embalando, e mesmo assim vendo o escuro se intensificar e se enfraquecer diante dos meus olhos como uma neblina, indefinido e intocável.
Me fazendo acreditar, andando em círculos, vendo milhões de pessoas que não me servem para nada, fazendo coisas que não me levarão a lugar nenhum, insistindo para desistir. Confundindo para não me confundir, jogando as drogas das cartas, me forçando a pensar, fazendo um movimento para permanecer no jogo. Apelando.
Eu não preciso, mas eu preciso. Não é mais meu, mas não me deixa.

E apesar de mudar e mudar durante todo esse tempo, eu continuo a mesma. Eu nunca poderei salvar o mundo.
E essa é a minha vida, eu corro para alcançar os meus sonhos, para logo ali na frente morrer sozinha, sangrando. A minha vida, a minha amargamente doce vida.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

ao meu redor

Eu posso ser uma grande imbecil,
posso me esconder feito um gatinho assustado, posso ser antiquada como a minha avó e sonhar com um amor como já não se usa mais.

E as vezes eu sou a pessoa mais irritantemente negativa de toda a face da Terra.
Eu posso ser a pessoa mais amável que você conhece, posso sim te dar a palavra que vai te motivar, posso ser a hippie mais filosófica que você conhece. Posso cantar para fazer dormir e quando eu quero eu posso ser mais positiva do que jamais eu imaginei que poderia.
Todas as pessoas têm culpa e eu não. Eu posso destruir com muita destreza, tenho dentes afiados e as mãos ligeiras, com o tapa ardido. Eu as vezes sou assustada e posso ser fria daquela maneira que tanto odiei.
Eu sou a mulher mais menina que você já teve a oportunidade de conhecer, eu sou a pessoa mais palhaça e fui a menina mais espontânea que eu poderia esperar. Eu as vezes me sinto tão luminosa e as vezes me sinto tão tranquila que até estranho.
Eu posso ser a pessoa mais bonita presente no recinto, mesmo não tendo beleza nenhuma, graças a minha mágica.

Você me vê do jeito que eu quero, você me vê do jeito que eu sou. Eu posso ser o seu brilho e a sua escuridão, desde que eu possa rir e correr livre quando me der vontade. Desde que eu tenha sua mão para segurar e seu riso pra ouvir. Você pode se identificar com tudo em mim.


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Recomendo que ouça "Everything - Alanis Morissette", já que me deu uma baita inspiração (y)

sábado, 3 de maio de 2008

Light Wishes *~


Recebi da Dani Filipini, um meme com uma lista de desejos, beem interessante, porque me fez pensar nas coisas que eu quero (oohh, cheguei a essa conclusão sozinha!!! o_o)
O post de hoje vai ser bem light, ando sem idéias :x

Minha Lista de Desejos


Desejo Um: Acertar na minha profissão futura. Tipo, estou quase decidida, mas sempre bate uma dúvida. Ah sim! Com certeza um emprego bom, pra que eu consiga bancar os estudos, senãão, esse será o meu futuro.

Desejo Dois: [filosófica] Não perder o meu jeito, os costumes que são meus, as minhas manias, a minha originalidade por conta de qualquer pessoa, ou mesmo que a vida seja malvada demais e tire de mim essas coisas. Tenho gostado da pessoa que sou, de quem estou me tornando... [/filosófica]

Desejo Três: O clichezão, o que toda a mulher quer. Casar, ter uma família, ter a quem se dedicar, ter porque trabalhar, ter porque voltar para casa todos os dias. É um desejo mais pro futuro, coisa de mais maturidade e tal. Mas eu adoraria me sentir em um comercial de margarina de vez em quando. ;)

Desejo Quatro: Aprender a dirigir :D Tá, que porcaria de desejo, o desejo de todo o adolescente pré-18. Mas vamos encarar como um desejo devido a todas as vezes que eu não saio porque tenho que depender da boa vontade dos outros.

Desejo Cinco: Hum, escrever um livro? Poxa!! Todo mundo fala que eu levo jeito!

Desejo Seis: Aprender a violar tocão. haushuAHssa (não resisti)

Desejo Sete: Ir num show do Yellowcard e do Bullet for my Valentine. Os dois vão ser bem difíceis, já que o YC tá beirando o hiatus e o Bullet? Difíícil vir pra cá :s

Desejo Oito: É realmente muito difícil pensar em oito desejos pra colocar aqui. Eu sinto dizer, mas acho que não tenho tantos desejos assim. Mentira, tenho muitos, muitos desejos. Inclusive o de poder ver os meus netos (se é que os terei...) respirando ar puro. Desejava nesse momento estar em outro lugar, que não fosse aqui, sentada, mas acho que não desejo outra vida que não a minha. Ainda tenho uma história pra escrever e já tenho algumas pra contar.
Posso dizer? Meu maior desejo é poder realizar os meus desejos. É ter força, coragem e determinação suficientes pra isso.
Como oitavo desejo, eu desejo chegar na velhice e poder dizer, mesmo que for pras paredes, que eu consegui ser feliz e que realizei a grande maioria dos meus desejos.

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Repasso a: Rafaellynha e Oh-milton!