
E de repente eu aprendi que em certos dias é impossível impedir que a tristeza domine o ambiente.
Aprendi também que o pior tipo de tristeza é aquela repentina porque ela é silenciosa e chega de mansinho com uma lembrança que nem é tão significativa assim ou mesmo uma música.
E quando dou por mim, ela me invadiu completamente, as lágrimas escorrem quentes e insensíveis pelo meu rosto e eu nem dei autorização pra elas se fazerem presentes.
Não há o que fazer nessas horas senão deixa-la ficar, quanto mais eu resisto, mais ela insiste em se fazer presente. Parece que não, mas essa tristeza é forte, minha cara!
Tristeza amarga, traiçoeira, desfaz todos os meus sonhos e tudo o que eu havia planejado pra minha vida, ou mesmo pro meu dia, em questão de segundos. Sensação de terem jogado ácido em tudo o que eu construí, essa maldita tristeza se acha no direito de me invadir e me destruir.
Tristeza,
que as vezes se disfarça de nostalgia e parece não machucar tanto e eu só percebo que é ela novamente quando dou aquele suspiro triste, já no final dos meus pensamentos.
E as vezes é tão intensa e tão cegante, que não consigo pensar em outra coisa senão que ela me fará companhia pro resto da minha vida.
Mas ela sempre vai e ela sempre volta,
sempre se volta contra mim, cada vez com uma artimanha diferente.