sexta-feira, 5 de março de 2010

Coração Afortunado

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 Quem diria que depois de todo esse tempo eu ainda estaria deitada no teu peito, ouvindo o som do seu coração batendo suavemente dentro do seu peito e gostanto, sentindo-me grata por estar ouvindo esse som depois de vários dias desejando poder te sentir só meu. Nem mesmo o som da canção que eu mais gosto de ouvir poderia recuperar-me do cansaço tão rapidamente.
Se me dissessem há algum tempo o jeito como eu me sentiria do seu lado, eu simplesmente desacreditaria, porque na minha opinião, ninguém nunca poderia me fazer feliz ou me deixar em paz comigo mesma e com o mundo. Mas você pode.

Eu não acreditaria se dissessem que o toque da sua mão acalmaria o meu coração, muito menos que somente a proximidade do seu corpo me aqueceria e que o som da sua voz no meu ouvido faria todos os poros do meu corpo se arrepiarem, pedindo seus carinhos mansos em silêncio.
Mal sabia eu, há um tempo atrás, que iria escrever tantas e incansáveis linhas, onde coubesse um pouco do que eu sinto a cada dia, onde eu conseguisse expressar sentimentos tão naturalmente. Achei que não conseguiria demonstrar e de fato ainda acho que não importa o que eu escreva ou o que eu diga, haverá sempre palavras a serem acrescentadas.
Hoje eu sei e fica fácil de acreditar, deitada do seu lado, sentindo que cada junta e cada espaço dos nossos corpos foram intencionalmente projetados para se encaixarem, que toda a felicidade que eu acreditava ter sido enviada para o endereço errado me pertence realmente, fazendo-me acreditar enormemente de que nem ganhar na loteria seria tão gratificante como ouvir você respirar devagar enquanto pega no sono, com sua mão entrelaçada na minha. Eu não imaginava afinal que conseguiria um dia estar tão tranquila, tão segura de mim, de nós. Eu não imaginava – e aposto que você também não imagina, amor – que a proporção do meu amor por você poderia ser tão incalculável.

Eu te amo.