sábado, 28 de junho de 2008

sentindo corretamente

Sentimentos são coisas tão nossas e estão enterrados tão profundamente dentro de nós, que só nós, que criamos e acalentamos tal sentimento podemos explicar do que se trata, mas quando tentamos expressar,
sai tudo tão distorcido que nem a gente entende. Aí surge a dúvida: a gente sente o que sente, ou sente o que falou? O que era pra ser simplesmente amor, acaba virando um não-sei-do-que-se-trata-mas-sinto-borboletas-esvoaçando-pelo-meu-estômago.
Assim, ao invés de nos preocuparmos com o sentimento original, aquele que está tatuado no que somos, de um jeito que seria fácil de entender, passamos a nos questionar qual é a maneira mais correta de sentir, passamos em como vamos nos machucar menos, fazemos planos e construimos castelos em solo arenoso e de tanto pensar no jeito certo de sentir, acabamos nos esquecendo que a maneira como nos sentimos fala por si só.

terça-feira, 24 de junho de 2008

mentes simples


Desejo milhares de inventos do futuro. Celular que faça café, chuveiro com água colorida ou mesmo o meu sonho de consumo da infância: a caneta que escreve de acordo com o que eu penso.
Mas quando se trata de futuro, o invento que eu mais tenho esperado é o leitor de mentes. Com ele a minha vida seria consideravelmente mais fácil. Usaria pra saber se a minha calça verde está realmente me favorecendo ou se é mentira da minha prima que na realidade é uma jararaca que quer ver a minha caveira, saberia o quanto a Dona Maria da esquina aumenta a fofoca.
Seria maravilhoso poder ter acesso ilimitado às mais diferentes idéias, invadir a privacidade dos outros. Nenhum segredo estaria realmente bem guardado, bastava só olhar pela câmera indiscreta, como se olhava pelo buraco da fechadura há um tempão atrás sabe?
Daria pra descobrir as surpresas que planejassem me fazer, os presentes que pensassem em me dar, e até os sentimentos mais profundos dos meus amores.
É, olhando por esse ângulo, a vida perderia totalmente a graça, mesmo. Faltariam as surpresas que tanto vivo esperando. Estarei bem daqui há alguns anos sem o meu leitor de mentes e com alguns cabelos brancos, da maneira que deve ser.
Post para o Tudo de Blog da Capricho - que máquina do futuro te faz falta?

terça-feira, 17 de junho de 2008

Etiqueta

Uma das coisas que eu mais admiro nos famosos é a inteligência.
Quero dizer, deve haver um motivo muito inteligente para eles resolverem tatuar o nome ou o rosto de seus amados em partes visíveis do corpo, que nós, reles mortais, desconhecemos.
Deve ser o auge da demonstração afetiva deles, já que falar, desenhar no espelho embaçado do banheiro, escrever em um guardanapo ou mandar uma mensagem no celular pertence a nós, reles mortais.
Pertence a eles usar seus belos corpos como lousinha mágica, desenhando um nome hoje, apagando daqui um mês. Será que toda a vez eles se iludem da mesma forma, acreditando que dessa vez o amor é de verdade, como nós, reles mortais?
Acho que acaba rolando um pouco de pressa da parte deles, para se verem juntos com alguém, para se verem unidos, felizes e realizados, como muitas vezes nós mesmos acabamos fazendo. Aí entra a parte do potencial encefálico dessas pessoas, que decidem que amor se coloca em tatuagem, por ser algo que dure bastante, esquecendo-se que até pra tatuagens já se arrumou um remendo. Esse seria um ato bonito se fosse espontâneo, mas já virou moda e todo o mundo tem.
As vezes é preferível pensar um pouco mais, criar alguma coisa bem simples e continuar vivendo com os nossos presentes e demonstrações amorosas de reles mortais.

Texto para o Site da Capricho.



sexta-feira, 13 de junho de 2008

Mascarada


Eu as uso.
Digo que as uso com frequência.
São coloridas, enfeitadas, brilhantes e cheias de detalhes. Realmente, são lindas e todos os dias eu tenho o poder de criar uma diferente e pintá-la da maneira que eu quiser.
As vezes as enfeito de uma forma tão escandalosa que nem eu mesma acredito que pude e as vezes eu mesma me impressiono como elas enganam.
Tenho usado máscaras, verdade.
Não escondo quem sou e nem uso aquela famosa máscara de coelho, sendo eu raposa. Usar máscaras para fugir de quem se é verdadeiramente é uma das mais grandiosas provas de fraqueza e eu não tenho conhecimento de um dia ter feito isso e não vejo como eu poderia me permitir praticar tamanho absurdo.
Simplesmente tenho o hábito de criar máscaras incrivelmente alegres para passar por cima da tristeza que por vezes sinto, para incentivar o meu bom humor, para colorir o dia de cinzenta garoa.
Um dos maiores motivos pra tal comportamento, é que não gosto que vejam quando não me sinto bem, não quero que me vejam chorando. Puro orgulho .Prefiro que pensem que eu nunca olhei para o espelho e odiei quem eu via, prefiro que pensem que eu estou perfeitamente bem.


domingo, 8 de junho de 2008

Pessoas Especiais.

Na sua infância, você aprende diversas coisas:
Aprende que prender o dedo dói e fazer algo errado também dói. Aprende que carinho é bom, assim como quando sua mãe faz bolo de cenoura quando você está doente.
Com o tempo, sua observação muda, assim como os seus aprendizados. Chega um momento da sua vida onde você começa a notar a presença de pessoas especiais.
Há diversos tipos delas: há aquelas que você vê apenas uma vez, na fila do banco ou numa sala de espera qualquer e que te fazer enxergar um erro que você vinha cometendo há tempos, e que se fosse visto de um outro modo, não seria corrigido.
Outras pessoas sempre estiveram presentes, acompanhando as suas atitudes e muitas vezes te protegendo mesmo sem você perceber. Ao contrário do que se pensa, leva-se muito tempo para reconhecer essas pessoas em vários casos, seja por medo ou por timidez.
Há também as pessoas especiais as quais você cativa, que fazem parte de quem você é. Pessoas que têm profunda importância na sua vida. Seu caráter não seria o mesmo se você não as conhecesse.
E finalmente, há pessoas que te fazem bem.
Que algumas vezes nem são muito presentes, mas você sabe que estarão lá.
Pessoas que te esrtendem a mão, que te dão afeto e que te conquistam de maneira tão simples que você as vezes pensa que conheceu essa pessoa durante a sua vida toda. Criam-se laços fortes e indefiníveis.
As vezes o seu pensamento corre para essa pessoa, e você acaba por se acostumar a ter essa pessoa sempre por perto, mesmo que não convivendo, acaba por aceitar os defeitos e muitas vezes até a simpatizar com alguns.
Você aprende a gostar tanto desse tipo de pessoa que chega até a sentir raiva das proporções que o sentimento ou o pensamento nessa pessoa tomam.
Mesmo assim, sabe que é uma pessoa especial e que perdê-la seria como perder uma parte sua. Sabe, mesmo com raiva, que se essa pessoa um dia for embora, você sentirá muita falta e que será difícil conviver com a ausência.
E então você aprende que essas pessoas que muitas vezes te bagunçam por dentro e te irritam são especiais porque de algum modo, souberam como te fazer bem, mesmo que não façam nada, mesmo que não tenham idéia do bem que fazem. E você acaba aprendendo, cedo ou tarde, a agradecer por essas pessoas estarem debaixo do mesmo céu que você.

sábado, 7 de junho de 2008

meme

Oláá pessoas!!

A Flávia me passou um meme há séculos, e eu acabei deixando pra fazer depois.
Agora não vou mais enrolar, o farei de verdade.

deve-se responder 15 questões, sendo 3 alegrias, 3 medos, 3 objetivos, 3 obsessões atuais/coleções, 3 fatos surpreendentes… Depois, indicar para 3 pessoas.

Alegrias:
- Ter uma família toda torta e desregulada, porém linda
- Ter amigos de loonga data
- Poder sentir o vento no meu rosto, ver o céu azul e ouvir uma música importante pra mim enquanto eu ando pela rua.

Medos:
- Não conseguir atingir os meus objetivos
- Perder o que eu conquistei até agora
- *não sei..*

Objetivos:
- Cursar uma boa faculdade
- Exercer a carreira que escolher
- Constituir família, se possível.

Obsessões:
- música
- gossip girl (ultimamente)
- mexer no cabelo

Fatos surpreendentes:
- Como pão com manteiga e geléia de morango
- Escondo o que sinto com muita frequência, e uso de vários truques.
- Ouço música cafona.

Pessoas pra repassar:

A Negra
Rafaellynha

Beiijos pra quem fica
e amanhã tem post novo *.*

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Dia do quê?

Olha só: Eu não me importo nem um pouco com o Dia dos Namorados.
Não ligo em andar pelas ruas escuras perto de casa e ver as vitrines dos mais variados lugares cheias de corações e flechas do cupido e também não me importo nem um pouco em ouvir as pessoas pensando alto no que dar para seus amores.
Na verdade eu acho in-crí-vel! É o máximo ver todo o mundo se descabelando enquanto eu lixo as minhas unhas pacientemente, sem me preocupar com presentes ou onde vou colocar as flores, porque eu não vou receber.
Pra ser bem sincera, eu até arriscaria dizer que odeio o dia dos namorados.
Quer coisa mais cafona? Quer coisa mais desconfortável e mais coisa de vovó do que ganhar flores, bombons e um cartão fajuto comprado na primeira loja de conveniência que estava aberta? E aqueles ursinhos de pelúcia, então? Nem se fala.
Odeio o dia dos namorados mesmo, porque não tenho idéia de como deve ser passar ele junto com alguém, odeio principalmente porque tenho que assumir uma pose blasè e fingir que nem me importo em me sentir a última solitária do mundo.
Não, solitária não. Eu ainda tenho o meu cobertor e o meu pote de sorvete.
____________________________________________________________________________________

Post para o Site da Capricho: "eu odeio o dia dos namorados!"