quarta-feira, 30 de abril de 2008

Postagens e plantinhas


Cada dia mais o ser humano parece ser movido a dinheiro, e não a ar.
Não adianta falar que não, eu não sou hippie. Eu tenho necessidades básicas, como me alimentar, por exemplo e você também tem, a não ser que você seja uma planta que produz sua comida por meio de fotossíntese. Aí, você desconsidera o que eu falei.
Mesmo que eu não seja (muito) consumista, preciso de dinheiro para sobreviver. Se você, mesmo assim, continua dizendo que dinheiro não traz felicidade, me doa seu dinheiro e vai ser feliz, ok?

Não é uma coisa que está nos meus projetos e nem nas minhas ambições de vida, mas se a oportunidade de ser paga por escrever, por que não? Todos dizem que tem que se fazer o que gosta, eu adoro escrever e podendo lucrar com isso, se uniria o útil ao agradável.
Afinal, eu infelizmente não posso me enterrar num vasinho e produzir meu próprio chocolate.

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Post para a sessão "Tudo de Blog" da revista capricho > "Você postaria por dinheiro?"
obs: depois faço um post com os selos que eu recebi dos meus queridíssimos :D

domingo, 27 de abril de 2008

cenográfico

Me jogo na cama de uma maneira bem jogada.
Do jeito que caio, fico.
Me ponho a pensar em nada. Penso em tantas besteiras que se for pensar de novo, não me lembro.
Me remexo na cama, estendo os braços, estico as pernas.
Meus pés alcançam o outro lado, enquanto eu sorrio preguiçosamente e desenho espirais no teto.
Três ou quatro suspiros, quatro ou cinco projetos.
Alguém.
O computador emite um som, alguma coisa cai lá longe, bem longe. O peixinho nada agitado como sempre e nada.
As cortinas observam e nem se mexem, admirando tudo, impassível.
Tudo está em paz.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Meias Verdades



Amarelo, vermelho, verde, rosa, azul... Listras :D

Colorido, alegre. Meias brancas não têm graça, meias pretas muito menos.

O que vale é ser colorido mesmo, escandaloso, incomodar por ser berrante, chamar atenção sem nem mesmo fazer esforço.

E apesar de algumas ameaças de rasgar, alguns furinhos aqui ou acolá, não perder o colorido por nada.




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outra analogia, fazia tempo que eu não escrevia assim.
uma analogia de meias sobre a vida.
Sim, estou numa fase colorida gents :D

segunda-feira, 14 de abril de 2008

fragilidade feminina

As mulheres estão bem melhores hoje. Ou vai dizer que ninguém reparou que nos últimos tempos as mulher não é mais sinônimo de dona de casa barriguda e com uma prole enorme ao seu redor.
Sim, depois de queimar sutiãs, encurtar as saias, arregaçar as mangas e ir atrás daquilo que queriam, as mulheres finalmente conseguiram seu espaço na sociedade e vão continuar lutando para vencer as poucas diferenças que ainda existem.

Nós, mulheres, conseguimos lavar, passar, cozinhar, dançar, podemos fazer trabalho masculino muito bem e ainda por cima menstruadas e de salto alto. E mais: Aguentamos comentários de que somos o sexo frágil. (Queria ver qualquer homem usar absorvente...)
Mas as vezes eu me pergunto se isso é totalmente bom. Não estou dizendo que conquistar um espaço considerável é ruim, muito pelo contrário. Eu admiro muito toda a luta das mulheres de antigamente, heroínas por natureza. Mas num futuro próximo, creio que a mulher vai ouvir um indiferente "Faz você" quando pedir pro marido trocar a lâmpada ou abrir o pote de palmitos.
Não creio que o mundo tem que ser cor de rosa e de pelúcia, com as mulheres no comando. Acredito que as mulheres podem ser auto-suficientes sim e não precisam de nenhum homem palpiteiro para conmncordar ou autorizar qualquer feito. Mas sou da opinião de que o mundo sem os homens seria bem menos divertido (apesar de que uma destruição de homens inúteis em massa seria uma boa...)
O segredo é manter uma pontinha de fragilidade, piscar os olhinhos docemente e caminhar com charme, estendendo o pote de palmitos e pedindo ajuda ao homem mais próximo para abrir, mesmo sabendo que nós poderíamos fazê-lo em questão de segundos.

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Post para a seção "Tudo de Blog da Capricho"
As mulheres vão dominar o mundo?

sexta-feira, 11 de abril de 2008

O medo por mim

Estava eu sentada na sacada, admirando a paisagem urbana, ou seja, carros, telhados de casas, caminhões imundos e pessoas caminhando pela avenida, quando me distraí e comecei a pensar.
De repente me veio a seguinte pergunta, feita da minha consciência para mim: "do que você tem medo?".
Na hora, a primeira coisa que me veio como resposta foi: "não tenho medo de nada, que surpresa!" e logo deixei esse questionamento de lado.
Confesso que isso me deixou um pouco intigada e meu subconsciente passou o dia pensando e me mandando imagens variadas de medo.
Faço esse post para responder a pergunta da minha consciência. Tenho medo sim, sou humana, de carne, osso e sentimentos.
E posso provar que sinto medo:
Gritei de medo e aflição quando vi uma aranha do tamanho de um pires de café andando na minha direção (tenho aflição de ver aranhas andando).
Sim, já deixei de agir por medo de perder tudo o que eu tinha, já deixei de falar o que pensava por medo de me tratarem mal.
Tenho medo de abelha, tenho medo de cair no meio da rua.
Em certas noites, tenho medo de sair da cama, ou mesmo de me virar pro outro lado. Me cubro até onde dá e fico encolhida.
Tenho medo de agir mal, de perder o que eu tenho e principalmente de perder quem eu tenho.
De vez em quando, tenho medo de não conseguir nada do que eu quero, de não realizar nenhum dos meus sonhos. Medo de nunca conseguir terminar nada do que eu começo, de não ter paciência pra casar.

Tenho medo de tantas coisas, que perco até as contas
Perco as contas, e daí digo que não tenho medo de nada.

terça-feira, 8 de abril de 2008

ócio :D

Pois bem, eu abandonei o blog, que coisa triste
mas é que eu tenho estado sem idéias, época do mês improdutiva e tal...
Daí pra não deixar o blog parado, eu peguei esse post lá da Dona Marcela (http://contapramarcela.blogspot.com) e vou fazer aqui ^^

Se eu fosse um mês seria... Outubro
Se eu fosse um dia da semana seria... Sexta-feira
Se eu fosse um número seria... 13
Se eu fosse um planeta seria... Netuno
Se eu fosse uma direção seria... pra frente
Se eu fosse um móvel seria... uma poltrona confortável com estampa de zebrinha
Se eu fosse um liquido seria... vodca
Se eu fosse um pecado seria... Luxúria [2]
Se eu fosse uma pedra seria... pedra da lua
Se eu fosse um metal seria... Prata [2]
Se eu fosse uma árvore seria... Uma aveleira
Se eu fosse uma fruta seria... morango
Se eu fosse uma flor seria... uma rosa vermelha ou um lírio rosa
Se eu fosse um clima seria... Frio aconchegante
Se eu fosse um instrumento musical seria... Piano
Se eu fosse um elemento seria... Ar
Se eu fosse uma cor seria... Vermelho (ou roxo)
Se eu fosse um animal seria... um gato
Se eu fosse um som seria... O som da chuva de madrugada
Se eu fosse uma letra de música seria... Outra vez - Roberto Carlos
Se eu fosse uma canção seria... Decoy - Paramore, Violins (Yellowcard) ou All These Things I Hate (Bullet for my Valentine)
Se eu fosse um estilo de musica seria... Rock em suas variadas formas
Se eu fosse um perfume seria... Luz dos Olhos Teus
Se eu fosse um sentimento seria... paz interior, felicidade extrema,
Se eu fosse um livro seria… As brumas de Avalon - Marion Z. Bradley
Se eu fosse uma comida seria… Torta de Morango / Batata Frita
Se eu fosse um lugar seria... um campo aberto com flores
Se eu fosse um gosto seria... Doce com um fundo amargo
Se eu fosse um cheiro seria… Chuva em dia de calor
Se eu fosse uma palavra seria… simplicidade
Se eu fosse um verbo seria… voar
Se eu fosse um objeto seria… um espelho
Se eu fosse uma roupa seria… aquela blusinha velha, mas que não tem como se livrar
Se eu fosse uma parte do corpo seria… Olhos
Se eu fosse uma expressão seria… uma cara de malícia alegre
Se eu fosse um desenho animado seria… Algum desenho de mangá
Se eu fosse um filme seria… Irmão Urso
Se eu fosse forma seria… Um círculo
Se eu fosse uma estação seria… Primavera
Se eu fosse uma frase seria…Um dia você aprende que beijos não são promessas e presentes não são contratos (...) Um dia você aprende que não importa o quanto você se importa, algumas pessoas simplesmente não se importam (...) aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára pra que você o reconstrua.
(não sei de quem é o texto, uns dizem que de Shakespeare, outros dizem que não... enfim.)

quinta-feira, 3 de abril de 2008

o manequim

Na frente da tv de novo, caçando cada detalhe dos desfiles mais importantes da Europa, usando cada centavo que ganhava para comprar acessórios que quase não usava. Não dava tempo! Quando olhava de novo, já haviam tendências novas e tudo aquilo que era moda do inverno passado não servia nem sequer pra vestir espantalhos.
Estava sempre bem vestida em cima de saltos que quase chegavam até a lua. Pagava bem mais do que podia com peças de marca.
Acostumou-se a receber elogios por seu modo de vestir e depois de um tempo todos os seus esforços se concentravam em impressionar os outros.
Esqueceu-se do que era se sentir bem dentro de uma camiseta velha, só se lembrava dela mesma quando tirava os sapatos e sentia a dor de ter passado o dia inteiro caminhando como se tivesse na passarela.
Depois de algum tempo, eu raramente via um sorriso seu e sabia que estar na moda a consumia.
Eu sabia que ela tinha saído da linha, confundindo gostar de moda com ser um manequim de vitrine ambulante. Eu lá, com a minha vida e meus tênis brancos sem ser um ícone fashion, mas ainda assim me sentindo bem, olhava de longe.
Se ela está entrando no ar e desistindo de ser uma vítima da moda, eu não sei. Mas outro dia ela chegou perto de mim, tirou seus óculos cheios de strass e disse baixinho: "Você é tão estilosa..."

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Post para a edição 1043 da CAPRICHO:
é preciso andar na moda para ser chique?