quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Amores (im)Perfeitos

E de repente você está sentado embaixo de um guarda-sol, tomando sorvete de banana, conversando distraidamente com um ou dois amigos quando ele passa: O ser magnânimo divino perfeito.
Aquele que você sonhava desde os tempos que sonhava com o príncipe encantado, o pai da sua boneca mais querida.
Ali a tãos poucos metros de distância, seu sonho, o cara perfeito.

Aí poderiam ter colocado naftalina no seu sorvete, poderiam ter trocado o mesmo por GRAXA, e você nem ia perceber. Sua baba escorre lentamente, sua mente e seu mundo param. E tudo ao redor perde o sentido.
A partir daí começa a fase de escravidão total a sua alma gêmea. O seu mundo gira ao redor dessa pessoa, você vive e respira por ela.
Tudo o que você faz é com o intuito de descobrir mais coisas sobre a alma gêmea. Onde mora, com quem anda, onde trabalha, que horas entra, que horas sai...

Depois de todas as fontes interrogadas e todas as informações arrecadadas, por um milagre vocês conseguem se aproximar.
Bingo, a felicidade bate a sua porta, e você nunca mais vai chorar.
Mas aí, você descobre algo.
Uma coisa que você nunca imaginou: Essa pessoa tem defeitos.
E isso é inaceitável, ele era perfeito!!
Você descobre que ele tem um tique nervoso horripilante, sofre de varizes, que tem bafo e usa peruca.

Assim, chega a fase da desilusão, você tenta acreditar que a pessoa não é culpada por essas coisas, enxerga que a culpa é sua, mas mesmo assim. Poxa! Eu tinha tanta certeza que dessa vez ia dar certo!!
E de repente, a epifania: Nada daquilo era verdade. Foi tudo um jogo, uma realidade que as vezes insistimos em criar para nos fazermos felizes.

E muitas vezes, é melhor a gente conversar com um ou dois amigos, debaixo do guarda sol, tomando sorvete de banana, sem olhar pros lados.

Com as paixões arrebatadoras, muitas vezes nos tornamos seres patéticos e com os olhos toldados. Não enxergamos as coisas mais óbvias, não percebemos que TODOS erram e têm defeitos, e a aceitação é muito mais difícil quando é alguém que aprendemos a idealizar.
Iludidos, acreditamos que a felicidade veio dessa vez, e nos fechamos somente nisso, sem saber que esse caminho NUNCA dará certo.


Um comentário:

Erik Paulussi disse...

Sorvete de banana é muito bom!!!
XD

Sinceramente tenho percebido ultimamente que os defeitos da pessoa é o que deixa uma relação extremamente interessante...talvez não o defeito em si,mas como você age em relação a ele e a pessoa com os seus...isso realmente é muito importante...ninguém é perfeito,se fosse assim seria muito sem graça e essa é outra vantagem em um relacionamento bem sucedido-um completa o outro^^